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sábado, 7 de maio de 2011


Atraso-me na busca de um vestígio do ontem, a proximidade do amanhã assusta, tenho presa no céu da à palavra pronta, imediata na língua, não importa-me que o mundo pare e a noite acorde, que o mar revolto açoite o mundo, a terra, apenas quero o meu pássaro branco pra e enviar-te uma mensagem, um poema, uma frase...

Continuo a estou aqui amor a tua espera, enviaria em uma folha amarela dobrada, já que não posso escalar as nuvens e enviar-te as estrelas, não me importa meu amor que o mundo pare que o mundo durma que o mundo silencie, que até acabe, se não tenho o meu pássaro branco, as estrelas, e as nuvens pra levar-te o meu amor via impresso aqui do meu coração, não me importa o sono, se não estás aqui agora, sou caos, cimento, tédio...
A palavra é indecente e fria, conta, fere, mata...


Mais que olhares

 





























mais um olhar por um sorriso
um mundo diferente abriu-se
cobrindo com um manto tantos véus. cabelos. véus da noite
o movimento muda de rota
assustam-se.  camufla-se tange a folha
não foi mentira meu amor
eu não inventei este amor sem medidas
que não sabe o que é não ter
não saber que sei das folhas
tu entre os céus e mares
entre infinitos torturantes e belos
balançam crianças tão distraídas
não diga-me nunca. que foi mentira vã, farta filosofia
eu não atravessei as ruas em pedaços
em desalinhos pra ouvir o canto das sabias tão belas
fecharei os ouvidos e boca
pra que não ouvir perguntas
pra não ouvir teus passos na vindo da relva fresca
nem hoje e nem depois responder não poderia
tudo é mais que uma pequena gota de água
à chamar-me na noite tensa, nervosa, fria
como posso, eu, segurá-las
com mãos tremulas tão pálida, mãos frias
e tantas folhas caídas desfolhando a magia
a água continua água correndo
sobre a grama verde arejando a madruga
verde musgo. continência
o mistério e tudo o que nós cerca 
e esta dor de não saber por que vivo
ainda assim me multiplico, somo e não me divido
em um mundo de folhas tão pequenas
estou exausta já vem o dia
sobrou tanta noite
o vento sobra distante erguendo como outra folha 
verde musgo como o dia
quantos azuis além mar fugiram dos teus olhos


Nina Pilar

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