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domingo, 8 de maio de 2011

Acenderei as velas, usarei o óleo de sândalos, mirras, untarei o ar de incensos, sagrarei este dia como imortal!


E nos caminho pelo invisível da vida, nas margens dos rios que carrego comigo, e onde levara as minhas lembranças, abraçadas aos véus das memórias desenrolando entre cada passo.
Ou será verdade que nunca estive em teus caminhos e que não conheço os teus passos, e que estas marcas não são tuas nem minhas, são do tempo transitório, frio, imortal.
Tens um modo de ficar em silencio que faz-me muito mal, será que abriras a porta que esta fechada, ou trarás ungüento pra amenizar a dor que eu sei aproxima-se, será que ainda beberei as tuas palavras e respirarei o ar que atravessa as colinas em busca das estrelas.
Sei que sempre escutas meus pensamentos, teus olhos vêem muito longe...

Como as folhas

 



O que sei de ti, respondo-te que não sei
pois nada dizes-me
nada sei de ti e és o meu amor
por isso olho pela janela e vejo o sal da vida refletida
nos espelhos de mil faces
nas ruas ao vento folhas desgarradas
são tragadas vorazmente
nos seus verdes amarelados, laranjas
vermelhos cobaltos nas folhas o outono
e eu aqui tão tarde tragada pelo vento
a tua espera
pelas ruas ao vento sou tragadas vorazmente
valsando sobre a terra como folhas e voando nos céus das andorinhas


Nina Pilar


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